Os debates políticos em meio à corrida eleitoral sempre foram momentos decisivos para os candidatos, que buscam conquistar o eleitorado e expor suas propostas. Neste cenário, vemos diferentes estratégias sendo adotadas por cada um dos concorrentes. Nunes, que disputa o eleitorado de direita com Marçal, enxerga os debates como verdadeiros jogos de seis pontos, nos quais cada confronto é uma oportunidade de ganhar mais apoio.
Por outro lado, Boulos encara os debates como uma armadilha preparada pelo empresário, que busca conquistar os bolsonaristas ao atacar o deputado federal de esquerda. Já Datena tem se queixado da falta de tempo para se expressar nos debates, bem como da baixaria que tem sido constante nessas discussões.
É interessante notar que nas redes sociais há uma crítica aos candidatos por sua postura nos debates, especialmente aqueles que hoje censuram Nunes, Boulos e Datena por participarem desses confrontos. Porém, é importante lembrar que, no segundo turno das eleições de 2018, Jair Bolsonaro evitou participar de debates com Fernando Haddad, mesmo após ter sofrido um atentado. Enquanto utilizava a desculpa da recuperação para se esquivar dos debates, o então candidato concedia entrevistas e participava de sabatinas sem restrições.
Além disso, a deputada Tabata está sendo criticada por apoiar Marçal na estratégia de transformar os debates em conteúdo para as redes sociais. Contudo, do ponto de vista estratégico, faz sentido para a parlamentar aproveitar cada oportunidade para se destacar, já que ocupa a quinta posição nas pesquisas.
Os debates são fundamentais para a democracia, pois permitem que os candidatos exponham suas ideias e discutam os problemas da sociedade. No entanto, é necessário que haja uma adaptação por parte dos veículos de comunicação e das campanhas para que os debates atendam às necessidades da população. Afinal, é papel dos jornalistas e dos candidatos buscar um modelo que seja eficaz e beneficie o debate político em nossa sociedade.