De acordo com Alexander Marinho, gestor certificado pela Anbima, os títulos verdes serão disponibilizados na modalidade título de impacto, que funciona de forma semelhante a outras negociações de títulos de dívidas. Nesse modelo, os recursos são demandados por uma parte e disponibilizados para investimento por outra, com a intermediação de agentes que analisam, estruturam e negociam os projetos.
A emissão dos títulos verdes tem duração de nove anos, prevendo um pagamento final em 2033. As condições oferecidas incluem juros de 1,745% ao ano e um acréscimo variável de até 4,362% anual, dependendo do resultado do projeto. Essa abordagem de remuneração variável é um diferencial importante nessa modalidade, incentivando o sucesso do projeto.
O objetivo principal dos investimentos é o reflorestamento de áreas desmatadas na Amazônia por uma startup brasileira, com foco na Remoção de Carbono (CRUs) para gerar lucro. Essa ação vai além das simples medidas de redução de emissões, buscando também retirar gases do efeito estufa já emitidos na atmosfera.
Parte dos US$ 225 milhões será direcionada para as ações de reflorestamento, enquanto o restante será usado para garantir o pagamento de juros aos investidores. Os títulos emitidos pelo Bird já estão despertando interesse de grandes investidores internacionais, que buscam associar suas marcas a impactos socioambientais positivos.
A participação do Bird, que faz parte do Banco Mundial, torna os títulos ainda mais atrativos para os investidores. Essa iniciativa inovadora apresenta riscos, como a possibilidade de não atingir os resultados esperados, mas também oferece a oportunidade de obter retornos financeiros significativos. Toda a emissão dos títulos é cuidadosamente planejada para atrair o maior número de investidores possível, seguindo as regras do mercado de títulos públicos.
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