O prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), foi alvo de críticas recentes após sua presença em cerimônias religiosas levantar questionamentos sobre a possibilidade de motivação eleitoral nessas agendas. No entanto, o político negou veementemente essas alegações durante uma visita a uma feira livre no bairro Penha de França, na Zona Leste de São Paulo, neste domingo (18).
No início oficial de sua campanha, Nunes marcou presença em três eventos religiosos: uma missa na Diocese de Santo Amaro, outra na Feira Vocacional 2024 em Interlagos e a inauguração da sede da Igreja Deus Proverá, no Brás. Ao ser questionado sobre a possível relação eleitoral nesses compromissos, o prefeito ironizou: “Tem gente que agora até virou cristão”, referindo-se aos seus adversários políticos.
O político argumentou que sua presença em eventos religiosos não é uma estratégia eleitoral, mas sim uma prática habitual, citando sua participação na Frente Parlamentar Cristã da Câmara Municipal durante oito anos. Segundo Nunes, a visibilidade de suas atividades religiosas aumenta em período eleitoral, mas não representa uma mudança em sua rotina diária.
Além disso, o prefeito rejeitou a especulação de que uma reunião com o deputado federal Nikolas Ferreira no Palácio dos Bandeirantes tenha sido motivada pelo crescimento do candidato Pablo Marçal nas pesquisas eleitorais. Segundo Nunes, o encontro ocorreu de forma casual e não teve relação com a campanha de Marçal ou com qualquer estratégia eleitoral.
Por outro lado, o candidato à reeleição enfatizou a importância de focar nas questões locais e evitar a nacionalização das eleições, apesar da recente declaração de Jair Bolsonaro sobre sua preferência por outro candidato. Nunes ressaltou que a participação do ex-presidente em sua campanha fortalece o apoio bolsonarista na cidade, mas que seu objetivo principal é discutir as questões relevantes para São Paulo.
Diante disso, a disputa eleitoral na capital paulista ganha contornos cada vez mais complexos, com candidatos buscando alianças e estratégias para conquistar o eleitorado. A presença de figuras políticas influentes, como Bolsonaro, e as movimentações dos concorrentes prometem acirrar ainda mais a corrida pela prefeitura de São Paulo.