Com diversas condenações derivadas das investigações da Operação Lava Jato, as penas somadas do ex-diretor totalizam cerca de 39 anos de reclusão. Este não é um desfecho inédito para Duque, que anteriormente passou cerca de cinco anos sob prisão preventiva, entre os anos de 2015 e 2020. Posteriormente, obteve o benefício de responder aos processos em liberdade, uma vez que nenhum deles havia sido definitivamente concluído.
As investigações apontaram o envolvimento de Renato Duque em esquemas de corrupção dentro da Petrobras, com destinação de recursos ilícitos para contas no exterior e financiamento de campanhas políticas. Diversas sentenças, proferidas em primeira instância por Sergio Moro, evidenciaram a participação do ex-diretor em crimes como associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após sua prisão, Renato Duque foi encaminhado ao sistema prisional do estado do Rio de Janeiro, sendo levado à Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada em Benfica, na zona norte da capital fluminense. A tentativa da defesa do ex-diretor de evitar a prisão incluiu recursos apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando questões de incompetência do ex-juiz Sérgio Moro e questionando a atuação da Justiça Eleitoral nos julgamentos.
Esta captura de Renato Duque traz à tona debates sobre a atuação da Justiça e as consequências das decisões proferidas ao longo das investigações da Operação Lava Jato. A suspeição de Sergio Moro em processos anteriores já resultou na anulação de condenações e acordos, evidenciando a complexidade e a polêmica envolvidas nas investigações de corrupção no Brasil.