Pesquisadores da UFMG estudam vacina brasileira contra a Mpox
No centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadores estão em busca do desenvolvimento de uma vacina específica contra a Mpox, doença que vem preocupando autoridades de saúde em todo o mundo.
Atualmente, o foco da pesquisa está na etapa de aumento da produção, visando a fabricação em larga escala das doses. Em 2022, a doação de uma semente do vírus pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos possibilitou o início da fabricação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima essencial para a produção da vacina.
De acordo com Flávio da Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, a produção em massa do IFA está próxima de se tornar uma realidade, o que representa um avanço significativo no combate à doença.
A Mpox, que já causou surtos em diversas partes do mundo, possui atualmente duas vacinas disponíveis, a ACAM 2000 e a Jynneos, sendo esta última recomendada para adultos maiores de 18 anos.
Apesar dos desafios enfrentados na produção e distribuição das vacinas, a Anvisa já emitiu a dispensa de registro para a utilização da Jynneos no Brasil, a fim de reforçar a imunização da população.
Desafios e perspectivas
A ministra da Saúde anunciou a aquisição de 25 mil doses da vacina contra a Mpox, indicando a preocupação do governo com a disseminação da doença no país. Ainda assim, os especialistas alertam para a necessidade de estratégias eficazes de vacinação, levando em consideração a adesão da população aos programas de imunização.
Apesar do surgimento de casos em diferentes regiões do mundo, o foco dos esforços continua sendo a África, onde a fragilidade do sistema de saúde e a falta de vacinas representam um desafio adicional na contenção da doença.
Para os especialistas, a colaboração global é fundamental para evitar uma disseminação descontrolada da Mpox e garantir o acesso equitativo às vacinas em todo o mundo.
Acreditamos que, com o avanço das pesquisas e o engajamento de governos e organizações internacionais, poderemos superar os desafios e conter efetivamente a Mpox, protegendo a saúde e o bem-estar da população global.