A resolução aprovada pela OEA traz uma série de medidas que visam trazer mais transparência e legitimidade ao processo eleitoral na Venezuela. Entre elas, destaca-se o pedido para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país publique rapidamente as atas com os resultados da votação em cada mesa eleitoral, além de realizar uma verificação imparcial dos resultados.
Além disso, a resolução aprovada pelos Estados Unidos e apoiada por países como Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai, também solicita a preservação de todos os equipamentos utilizados no processo eleitoral, como as urnas eletrônicas e os votos impressos.
A controvérsia em torno do resultado das eleições na Venezuela levou o caso ao Tribunal Supremo de Justiça, após Maduro contestar as denúncias de fraude e ataques cibernéticos feitos pela oposição. O processo de perícia em todo o material eleitoral já foi iniciado pela Suprema Corte, que recebeu o material do CNE. Até o momento, no entanto, as autoridades eleitorais venezuelanas não divulgaram os resultados detalhados por mesa de votação e suspenderam três auditorias programadas para após o dia da eleição.
A OEA, em sua resolução, reconheceu a participação expressiva e pacífica do eleitorado venezuelano nas eleições e pediu proteção às instalações diplomáticas, bem como às pessoas em busca de asilo nessas instalações. Além disso, a entidade reiterou a importância do respeito aos direitos humanos, liberdades fundamentais e manifestações pacíficas.
Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 52% dos votos, enquanto a oposição contesta esses resultados e alega ter provas que indicam a vitória do opositor Edmundo González com cerca de 70% dos votos. A crise política na Venezuela continua sendo um tema de debate e preocupação para a comunidade internacional, que busca garantir um desfecho pacífico para a situação no país latino-americano.