Proposta de lei incentiva doação de cabelo para pacientes de câncer e vítimas de escalpelamento, com apoio de debatedoras no Senado.




Proposta de incentivo à doação de cabelo para pessoas carentes em tratamento de câncer e vítimas de escalpelamento é debatida no Senado

Em uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (15), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, debatedoras saudaram o projeto de lei que incentiva a doação de cabelo para pessoas carentes em tratamento de câncer e vítimas de escalpelamento. O PL 610/2021, já aprovado na Câmara dos Deputados, propõe a realização de uma campanha nacional na semana do Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), relatora do projeto na CAS, e também presidente do evento, atendeu ao requerimento (REQ 129/2023 — CAS) para discutir a relevância da iniciativa. Lenize Baseggio, coordenadora de acolhimento da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, destacou a importância da conscientização sobre as exigências para a doação de cabelo, como o comprimento mínimo de 25 centímetros e a preparação adequada do cabelo.

Lenize ressaltou que a falta de cabelo pode afetar o convívio social e explicou as vantagens das perucas feitas com cabelo natural em comparação às sintéticas. Ela enfatizou que a campanha pode ajudar a restaurar a autoestima das mulheres e contribuir para sua saúde psicológica e emocional, favorecendo uma maior qualidade de vida.

A sugestão de criar um selo de reconhecimento para salões aptos a encaminhar cabelo para a produção de perucas, bem como a possibilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) fornecer próteses capilares, foram temas abordados durante a audiência. Damares e outras debatedoras concordaram que o acesso a perucas é essencial, especialmente em regiões ribeirinhas onde a demanda é alta.

Lúcia Brugnera, presidente do Instituto Hera Artemisul, destacou as dificuldades enfrentadas pelas vítimas de escalpelamento, especialmente na obtenção de perucas personalizadas. Ela defendeu a necessidade de benefícios específicos para essas vítimas, assim como as pessoas com câncer atualmente possuem.

Outro ponto levantado foi a questão do custo elevado e da especialização requerida para a confecção de perucas. Paula Elaine Diniz dos Reis, coordenadora-geral da Liga de Combate ao Câncer da Universidade de Brasília (UnB), ressaltou a importância do empoderamento das vítimas de câncer através da entrega de perucas, apesar dos desafios econômicos e de capacitação necessários para a produção desses acessórios.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Sair da versão mobile