O laudo psicológico realizado em Daniel Rugai foi feito em uma única sessão com aproximadamente duas horas de duração. A psicóloga responsável pelo laudo afirmou que o método Rorschach utilizado seguiu normas e critérios estabelecidos, estando em conformidade com as resoluções do Conselho Federal de Psicologia.
Segundo o laudo, não foram identificados impedimentos para a progressão de Rugai para o regime aberto. Apesar de diversos apontamentos feitos pela profissional sobre o perfil psicológico do condenado, ao final do documento, ela concluiu que não foram encontrados indícios de alterações orgânicas ou distúrbios profundos.
Imaturidade emocional e preocupações com relacionamentos
A análise psicológica destacou que Rugai possui noção da realidade e capacidade de discernimento. A psicóloga afirmou que ele possui bons recursos intelectuais e de imaginação, mas que estes não encontram formas adequadas de expressão, indicando conflitos emocionais e impulsividade latente, especialmente em momentos de ansiedade e estresse.
O laudo apontou que o condenado tende a explicar suas emoções com base em experiências passadas, o que sugere imaturidade emocional e a necessidade de aprovação e atenção acompanhada de intensa ansiedade.
Apesar de ter capacidade para exercer sua autonomia, o laudo apontou que Rugai tende a priorizar seu ponto de vista e apresenta resistência a mudanças. A profissional destacou que ele recorre a um autoritarismo infantil e mantém uma postura crítica e defensiva, utilizando a racionalização das experiências como forma de manter o controle das situações.