A questão da tributação das grandes fortunas é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, assumida em dezembro passado. Pela primeira vez, o Brasil lidera o G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, mais recentemente, a União Africana. A Cúpula do G20 está marcada para novembro no Rio de Janeiro, quando a presidência será transferida para a África do Sul.
No entanto, há resistências em relação à proposta de imposto mínimo sobre os super-ricos, com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, argumentando que cada governo deve lidar internamente com a questão. Por outro lado, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, destaca a importância da coordenação global para evitar uma guerra fiscal entre os países.
Macêdo, que coordena o G20 Social, ressalta a diversidade de abordagens sobre a tributação dos super-ricos, incluindo contribuições para políticas públicas direcionadas à juventude. A iniciativa brasileira de envolver a sociedade civil na construção das definições do G20 Social é vista como uma inovação democrática, fortalecendo a participação popular e buscando contribuições para a governança global.
Além disso, a juventude também tem papel fundamental no G20, com o Y20 reunindo jovens de diferentes países para discutir temas como desigualdade, fome, transição energética, governança global, empreendedorismo, inclusão e diversidade. As propostas desses grupos de engajamento influenciarão a declaração final do G20 Social, que será discutida em mais detalhes em um encontro no Rio de Janeiro na próxima semana. A participação da sociedade civil e da juventude tem sido fundamental para ampliar o debate e as propostas dentro do G20.