Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela repudia informe da ONU sobre eleição presidencial como “ilegal” e “mentiroso”

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela reagiu veementemente ao informe preliminar dos Especialistas Eleitorais das Nações Unidas (ONU) sobre a eleição realizada em 28 de julho. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (14), o órgão eleitoral do país classificou o relatório da ONU como “ilegal”, “mentiroso” e repleto de “contradições”. O embate entre o CNE e a ONU gira em torno da transparência e integridade do processo eleitoral venezuelano.

No informe publicado pelos especialistas da ONU, foi apontado que a eleição presidencial na Venezuela não atendeu aos critérios básicos de transparência. No entanto, o CNE rebateu essas alegações, afirmando que o informe é ilegal por violar o acordo firmado entre a organização e o Poder Eleitoral venezuelano.

Em uma rede social, o CNE publicou e posteriormente deletou um texto em que criticava duramente o relatório da ONU, destacando que o Painel de Especialistas Eleitorais se comprometeu a não fazer declarações públicas, conforme previsto no acordo com o órgão eleitoral venezuelano.

O Conselho ressaltou que cerca de mil observadores de diversas partes do mundo acompanharam o processo eleitoral no país e refutou as supostas “mentiras” indicadas no informe da ONU. Entre os pontos contestados está a alegação de mudanças de última hora nas mesas de votação, negadas pelo CNE.

Além disso, o órgão eleitoral venezuelano criticou o informe da ONU por colocar em dúvida os ataques cibernéticos sofridos pelos sistemas do país durante o processo eleitoral. O CNE afirmou que empresas e especialistas nacionais e internacionais confirmaram os ataques, que prejudicaram a divulgação dos resultados após a vitória de Nicolás Maduro.

Diante das divergências entre o CNE e a ONU, a questão da legitimidade das eleições na Venezuela permanece em destaque, com ambas as partes defendendo suas posições e acusações. A polêmica em torno do processo eleitoral no país sul-americano segue gerando controvérsias e incertezas sobre a transparência e credibilidade das instituições eleitorais venezuelanas.

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