A tensão atingiu níveis mais elevados na quarta-feira (14), quando os estudantes ampliaram a ocupação para o Pavilhão João Lyra Filho, edifício principal do campus Maracanã, utilizando bancos e cadeiras para montar barricadas e impedir o acesso ao prédio. O momento de maior confronto ocorreu durante a desocupação deste pavilhão, com relatos de truculência por parte dos servidores e seguranças envolvidos na operação, enquanto a universidade afirma que o processo foi pacífico.
Em comunicados divulgados, a reitoria da Uerj classificou as ações dos estudantes como “inaceitáveis”, iniciando uma sindicância para apurar os fatos e identificar os envolvidos. Posteriormente, decidiu suspender as aulas na universidade no dia seguinte. Atualmente, cerca de 40 estudantes permanecem ocupando apenas a área da reitoria, enquanto tentativas de diálogo são realizadas para resolver a situação.
Entre as demandas dos estudantes está a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que estabeleceu mudanças nos critérios para concessão de auxílios e bolsas. As novas regras excluem cerca de 1,2 mil estudantes que não atendem mais aos requisitos, causando impactos diretos na vida dos beneficiados.
Neste contexto de conflito e reivindicações estudantis, a Uerj permanece com as atividades paralisadas e busca alternativas para solucionar a crise gerada pela ocupação e pelas mudanças nas políticas de assistência estudantil. A universidade destaca a importância do diálogo e da busca por um consenso para superar os impasses e garantir o funcionamento adequado da instituição de ensino.
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