Brasil mantém posição firme em relação à Venezuela
O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que “não é produtivo” fixar um prazo para que a Venezuela apresente as atas das eleições. Em suas palavras, “Minha experiência diz que isso não traz bons resultados”. Segundo Amorim, o Brasil manterá sua posição “se não houver algum acordo que possibilite avançar” nos diálogos com o país vizinho.
Em relação à proposta de novas eleições na Venezuela, Amorim esclareceu que não a apresentou oficialmente. Embora tenha defendido um novo pleito em entrevista à colunista do UOL Raquel Landim, o assessor afirmou que essa não é a posição oficial de Lula nem a do Brasil. Ele ressaltou que “isso não está sendo discutido”, mas que depende “de um sistema de vigilância diferente” sobre a votação no país.
O Brasil não deixará, e não deveria ter deixado de ter jamais relações com a Venezuela, como foi feito. Retiraram até os embaixadores, nossa embaixada estava lá jogada ao lixo. Jamais. Agora, nós, não creio, não creio que, se não houver algum acordo que possibilite avançar, nós não vamos reconhecer o governo se essas atas não aparecerem
Celso Amorim, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República
O posicionamento de Amorim demonstra a firmeza do Brasil em suas relações com a Venezuela, destacando a importância de um diálogo construtivo e respeitoso entre ambos os países. A declaração sobre a não imposição de prazos rígidos para a apresentação das atas eleitorais revela uma postura diplomática e cautelosa por parte do governo brasileiro.
Em relação à possibilidade de novas eleições na Venezuela, a posição de Amorim reflete a complexidade da situação política atual, evidenciando a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso do processo eleitoral no país vizinho. A manutenção de relações entre Brasil e Venezuela é apontada como fundamental pelo assessor, destacando a importância do diálogo e da cooperação bilateral.
Diante desse cenário, observa-se que o Brasil busca atuar de forma equilibrada e ponderada em suas relações com a Venezuela, com o objetivo de promover a estabilidade e o desenvolvimento na região. A postura de Celso Amorim reflete a busca por soluções pacíficas e democráticas, respeitando a soberania e a autonomia dos países envolvidos.