Blindagem a Alexandre de Moraes mobiliza o Poder Jurídico em meio a polêmicas de mensagens tóxicas e manobras políticas de Bolsonaro







Artigo Jornalístico

O desagravo a Alexandre de Moraes mobilizou o Poder jurídico. A fina flor do Supremo, o procurador-geral da República, o advogado-geral da União…, todos se uniram para exaltar a coragem e a lisura de Moraes. O tamanho da blindagem contrastou com o esforço realizado para minimizar o noticiário sobre as mensagens tóxicas trocadas por assessores no escurinho dos inquéritos tocados pelo superministro.

Foi como se os aliados de Moraes disparassem um míssil para matar uma mosca. Do ponto de vista jurídico, ficou entendido que não passarão no Ministério Público nem no Supremo as prováveis tentativas do bolsonarismo de usar as conversas de WhatsApp do staff de Moraes para infectar os casos relatados por ele.

Politicamente, o resultado pode ser inverso, pois o cerco judicial a Bolsonaro e seus cúmplices não conseguiu sufocar o bolsonarismo. Inelegível, “mito” do golpismo desfila seu prestígio na campanha municipal, antessala da eleição federal de 2026, quando tentará reforçar sua milícia legislativa no Congresso.

Nos últimos dias, o desagravo a Alexandre de Moraes tem sido tema de destaque entre os círculos do Poder jurídico no Brasil. A reação da alta cúpula do Supremo Tribunal Federal, do procurador-geral da República e do advogado-geral da União evidenciou a união em exaltar a coragem e a lisura do ministro. Contudo, este gesto de apoio contrasta com a tentativa de minimizar as notícias sobre as mensagens controversas trocadas por assessores nos bastidores dos inquéritos conduzidos por Moraes.

Na esfera jurídica, a defesa de Moraes recebeu um forte respaldo, sugerindo que eventuais tentativas do bolsonarismo de utilizar as conversas de WhatsApp do staff do ministro para manipular os casos em que ele atua não serão bem-sucedidas no Ministério Público ou no Supremo Tribunal Federal.

No entanto, do ponto de vista político, o desfecho pode ter um impacto diferente. Mesmo com o cerco judicial a Jair Bolsonaro e seus aliados, o bolsonarismo ainda mantém sua força. O presidente, já inelegível, continua a desfilar seu prestígio na atual campanha municipal, que serve como prévia para a eleição presidencial de 2026. Neste pleito, ele tentará reforçar sua base legislativa no Congresso, consolidando assim sua influência no cenário político nacional.


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