Segurança na aviação: Brasil precisa seguir padrão mundial para prevenir incidentes aéreos, alerta colunista do UOL



Artigo: Segurança na Aviação é tema de debate

Por que? Não importa o nome, não importa a empresa, o que importa é que não ocorra novamente. Isso é um padrão mundial — ocasionalmente um país ou outro não segue essa regra determinada pela ICAO (Organização de Aviação Civil Internacional) — e o Brasil não pode ser diferente. E isso é muito importante, porque garante a segurança da aviação. Alexandre Saconi, colunista do UOL

Saconi considera que a decisão do Supremo não dificulta o acesso às informações do Cenipa.

Eu não diria que é dificultar, eu diria que é conseguir separar as duas coisas, porque se você precisa de uma concretização, por exemplo, se levou à responsabilização de que a empresa é culpada por um problema, então, de fato ela teria que responder. Isso é possível. Juridicamente, você pode fazer o pedido, mas não descartando a investigação que é feita pelas polícias, eventualmente que se corra dentro de um processo. Ela [informação do relatório] não é bloqueada, é um pouco estranho, mas você consegue ter esse intercâmbio, o que não se pode ser automaticamente.

Você tem que ter uma boa justificativa. Se não, daqui a pouco, a gente corre o risco de um funcionário que poderia muito bem chegar e falar ‘Cenipa, eu tive a informação de um probleminha ali, a empresa decolou com um pneu problemático’, ele não vai querer falar, com medo de ser responsabilizado. Porque se um policial, que não é necessariamente especializado num tipo de investigação aeronáutica — lembrando que você tem que investigar todos os tipos de crime do Código penal —, pode chegar a interpretar essa informação da maneira errada e acabar levando à responsabilidade da pessoa que foi fazer a denúncia pela segurança. Alexandre Saconi, colunista do UOL

De acordo com Saconi, os trabalhadores da categoria se sentem acuados diante da confusão entre investigação aeronáutica e criminal.

Então, se for necessário, de fato, você ter uma informação que consta na investigação, diante de uma medida judicial, ela acaba sendo compartilhada. Mas, isto não deve ser automático, deve ser com um embasamento específico. E a gente entende: é um problema para as famílias que querem ter seus direitos, querem ter sua justiça, terem esse pleito atendido dessa forma.

Como colunista do UOL, Alexandre Saconi aborda a importância da segurança na aviação em seu último artigo. Ele destaca que, independente do nome ou da empresa envolvida, a preocupação maior é a prevenção de futuros acidentes. Saconi ressalta que seguir as normas da ICAO (Organização de Aviação Civil Internacional) é fundamental para garantir a segurança no setor aéreo, e que o Brasil não deve ser exceção a essa regra global.

Ao discutir a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao acesso às informações do Cenipa, Saconi enfatiza que a separação entre investigação aeronáutica e criminal é essencial para evitar interpretações equivocadas e possíveis responsabilizações injustas. Ele alerta para o risco de trabalhadores da aviação se sentirem acuados diante da confusão entre os dois tipos de investigação.

O colunista do UOL destaca a necessidade de uma justificativa sólida para compartilhar informações de investigações aeronáuticas, ressaltando que o acesso não deve ser automático, mas sim embasado em critérios específicos. Saconi também menciona a preocupação com as famílias das vítimas de acidentes aéreos, que buscam justiça e transparência no processo de investigação.

Em suma, Saconi enfatiza a importância de manter a segurança na aviação como prioridade, garantindo que as normas internacionais sejam seguidas e que haja clareza e responsabilidade na divulgação de informações de investigações aeronáuticas.

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