Jornalistas franceses assumem redação durante ocupação alemã
Juntos, um grupo de corajosos jornalistas subiram as escadas e invadiram a redação, pegando todos de surpresa. Com olhares atônitos, as dez pessoas presentes levantaram a cabeça para encarar os invasores determinados.
“Ninguém se mexe, ninguém sai”, gritou Claude Martial-Bourgeon, o mais velho do grupo. Com a firmeza de quem sabe o que está fazendo, ele declarou: “De agora em diante vocês trabalham para a França, não para os alemães”. A tensão no ar era palpável enquanto ninguém se atrevia a desafiar as ordens dadas.
O encarregado da censura, um alemão, foi rapidamente trancado no porão, enquanto Martial-Bourgeon assumia o comando da redação. Sem perder tempo, ele atribuiu funções, nomeando Martinet, um jovem de apenas 28 anos, como diretor da redação, mostrando confiança na nova equipe que se formava.
Os jornalistas começaram a trabalhar imediatamente, estabelecendo contato com equipes de jornais clandestinos como o Combat, o Défense de la France, o Le Parisien Libéré e o L’Humanité, fortalecendo assim a resistência através da informação.
– Primeiro despacho –
Às 11h30, o primeiro despacho da redação foi enviado para anunciar que “a Agência francesa de Imprensa entregava o seu primeiro serviço” aos “primeiros jornais livres” que surgiam, marcando o início de uma nova era de jornalismo independente em tempos de ocupação e resistência.