Antes da greve, os rodoviários reivindicavam um aumento de 5% acima da inflação do último período, que foi de 3,7%. Enquanto isso, as empresas ofereciam um reajuste de 4,2%, o que representaria um aumento real de 0,5% levando em conta a perda do poder aquisitivo devido à inflação. Com o acordo, ficou estabelecido que o piso dos motoristas na Grande Recife seria de R$ 3.189,80, e aqueles que também cobrassem passagens receberiam um abono mensal de R$ 180,00.
Além do reajuste salarial, o acordo entre as partes prevê o aumento do valor do vale-alimentação para R$ 400 mensais, retroativo a julho deste ano. Também ficou acordado que as empresas irão custear o plano de saúde dos trabalhadores, um dos principais pontos de negociação da categoria. O Ministério Público do Trabalho (MPT) irá mediar as negociações para garantir o cumprimento dessas obrigações.
Outro ponto importante do acordo é a regulamentação do controle de jornada dos motoristas e cobradores, que será feito através do sistema de GPS adotado por cada empresa. Os trabalhadores se comprometeram a compensar os dois dias parados até o final de novembro, trabalhando no máximo uma hora a mais por dia.
Com o acordo firmado, a expectativa é de que o transporte público na região metropolitana de Recife volte à normalidade e os usuários não sejam mais prejudicados pela paralisação dos rodoviários. A negociação foi considerada um avanço na relação entre trabalhadores e empresas de transporte, mostrando que o diálogo é fundamental para resolver conflitos e garantir serviços essenciais à população.