O líder russo, Vladimir Putin, recebeu nesta terça-feira (13) o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e expressou sua preocupação com a guerra em curso na Faixa de Gaza e com a situação dos civis no território palestino.
Em um encontro marcado pela solidariedade, Putin também manifestou apoio à criação de um Estado palestino. O presidente russo enfatizou que mesmo diante dos desafios enfrentados na Guerra na Ucrânia, a Rússia acompanha de perto os eventos no Oriente Médio. Ele lamentou a incursão ucraniana em território russo, que levou a uma crise humanitária e ao deslocamento de milhares de pessoas.
Putin destacou em uma nota divulgada pelo Kremlin: “Todos estão bem cientes de que a Rússia hoje, infelizmente, deve defender seus interesses e seu povo com armas na mão. Mas o que está acontecendo no Oriente Médio e na Palestina não passa despercebido de nossa parte”. O presidente russo expressou grande preocupação com a catástrofe humanitária em andamento na Palestina, lembrando as vítimas e os civis afetados pelo conflito.
O líder russo ressaltou o compromisso histórico da Rússia com Israel e os palestinos, embora a recente recepção de delegações do Hamas tenha causado desconforto entre os israelenses. Putin emocionou-se ao falar sobre o sofrimento das crianças palestinas, afirmando que isso “faz lágrimas virem aos olhos”.
O presidente Abbas, por sua vez, agradeceu o apoio russo e pediu a intervenção do Conselho de Segurança da ONU para conter as ações de Israel. Ele destacou a ilegalidade da ocupação de territórios palestinos e a manutenção de assentamentos israelenses, conforme parecer recente do principal tribunal da ONU.
A Rússia busca desempenhar um papel de pacificador no Oriente Médio e tem fortalecido laços com o Irã desde os acontecimentos na Ucrânia. Putin reiterou o compromisso russo de fornecer ajuda humanitária à Palestina e de apoiar a criação de um Estado palestino. No entanto, não apresentou novas iniciativas concretas durante o encontro.
Sem eleições presidenciais há quase duas décadas, o governo palestino enfrenta desafios políticos e a expectativa de se tornar um Estado independente após os Acordos de Oslo. Abbas, eleito em 2005, permanece no poder, em meio a um cenário de tensões e conflitos na região.
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