Empresário embriagado arrasta vigilante por 90 metros e foge, MPGO exige indenização para família da vítima





Clenilton foi arrastado por cerca de 90 metros e ainda estava vivo quando outro motorista acionou o socorro. “Ele [Antônio] deixou o local a fim de fugir às suas responsabilidades penal e civil. Ele não se dignou sequer a frear – o que poderia, inclusive, ter evitado a morte da vítima”, diz o parecer do MPGO.

Antônio tinha ingerido bebida alcoólica no dia do acidente. Ainda segundo a denúncia, na noite anterior ao crime e na madrugada do dia do acidente, o empresário passou por cinco estabelecimentos de Goiânia e ingeriu álcool nesses locais antes de dirigir.

MPGO estipula pagamento de indenização aos familiares da vítima. O órgão pediu à Justiça que, em caso de condenação, o empresário pague um valor reparatório por danos morais aos dependentes de Clenilton. Além disso, é solicitado o pagamento de uma indenização mensal no valor que o vigilante recebia por seu trabalho.

Em nota, a defesa do empresário alega que a denúncia do MPGO é “baseada em equívocos já identificados e apontados no relatório da polícia”. “Primeiramente, importante ressaltar que o relatório omitiu fatos cruciais que demonstram claramente que o acidente foi uma fatalidade, e não um ato intencional. Apesar de a defesa ter solicitado a realização de análise técnica por especialistas, essa ainda não foi realizada. As novas diligências demonstrarão, indubitavelmente, que fatores externos contribuíram de forma decisiva para o trágico desfecho”.

Defesa reiterou que o acidente, “embora lamentável, não configura homicídio doloso”. “Reafirmamos nosso compromisso com a verdade, a justiça e o mais importante, com a família da vítima. Confiamos que os erros contidos na denúncia serão corrigidos no devido processo legal. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para que todos os fatos sejam devidamente considerados e que a verdade prevaleça”, reiterou o advogado do empresário, Thales José Jayme.

Antônio Scelzii Netto chegou a ser preso, mas responde em liberdade.


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