Crédito liberado para empresas do RS é o dobro do ano passado, afirma presidente do BNDES em meio à reconstrução pós-tragédia

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informou em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (13) que o volume de crédito liberado para empresas do Rio Grande do Sul mais do que dobrou em comparação com o ano passado. Segundo Mercadante, as operações para conceder crédito às empresas do estado não são simples, pois envolvem empresas com diversos problemas, como questões de garantia, passivo e projeto. No entanto, o presidente do BNDES ressaltou que estão auxiliando as empresas a reunir a documentação necessária e que 84% das empresas beneficiadas são micro, pequenas e médias empresas.

Mercadante também enfatizou que a concessão de crédito no Rio Grande do Sul está ocorrendo seis vezes mais rápido do que a média do BNDES. Ele destacou que a demanda por crédito na indústria do estado já é o dobro do registrado no ano passado e expressou esperança de que esse esforço seja reconhecido. Até o momento, cerca de R$ 10 bilhões em crédito foram aprovados para as empresas do Rio Grande do Sul, envolvendo recursos transferidos e em processo de transferência.

Além disso, o BNDES anunciou a suspensão por até 12 meses dos pagamentos das parcelas de operações de crédito em andamento, bem como a destinação de recursos adicionais ao fundo garantidor FGI Peac, que facilita o acesso a financiamento junto a outros bancos. Mercadante ressaltou os esforços inéditos realizados para atender às demandas do estado diante da tragédia climática causada por chuvas intensas em abril e maio deste ano.

Durante a apresentação do balanço financeiro do segundo trimestre de 2024, Mercadante também abordou a importância das parcerias republicanas para o país e como as divergências políticas podem ser superadas em prol do bem coletivo. Por sua vez, o governador Eduardo Leite fez cobranças ao governo federal por mais medidas de apoio ao estado, destacando a insatisfação com as respostas até o momento. Por fim, o governo do Rio Grande do Sul não se manifestou sobre as declarações de Mercadante quando procurado pela imprensa.

Sair da versão mobile