Na segunda-feira, em uma ligação telefônica direta, o chanceler alemão, Olaf Scholz, fez um apelo ao novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, para que tome todas as medidas possíveis para evitar uma nova escalada militar na região.
Horas depois, as principais potências ocidentais se uniram em um comunicado conjunto, alertando o Irã sobre as sérias consequências que qualquer retaliação poderia acarretar. O grupo enfatizou a importância de buscar um acordo de cessar-fogo em Gaza e a liberação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
Mais tarde, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também entrou em contato com Pezeshkian, buscando convencê-lo a reduzir as tensões no Oriente Médio.
Mesmo os aliados russos e chineses do Irã demonstraram preocupação com o cenário que se desenhava na região, indicando um consenso internacional sobre a delicadeza da situação.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou que os apelos europeus e americanos “carecem de lógica política e vão contra o direito internacional”. Os iranianos, conforme reportagem do UOL divulgada na semana anterior, já haviam alertado as representações estrangeiras em seu país sobre a possibilidade de retaliar diante de um ataque em seu território.
O temor da comunidade internacional é de que a crise atual fuja ao controle, levando a possíveis ações de defesa ou retaliação por parte de Israel ou de outros países afetados, o que poderia agravar ainda mais a situação na região.