Segundo Tânia, o caso de óbito ocorreu no último fim de semana e envolve uma gestante de 40 anos, moradora de Baturité, que recebeu atendimento em Capistrano. A secretária alertou para o fato de que 60% das doenças infecciosas em humanos são causadas por animais, incluindo mosquitos, destacando a necessidade de um plano de ação para lidar com a situação.
“Temos visto o Oropouche nos surpreender com diferentes manifestações. O vírus migrou do Norte para o Nordeste, com um comportamento atípico. A mutação do vírus é uma consequência da nossa invasão nos habitats naturais, do desmatamento e das alterações que temos promovido no ambiente”, ressaltou Tânia.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, até o ano de 2024, o Ceará já havia registrado 122 casos de febre do Oropouche, sendo que quatro deles em gestantes. A maioria dos casos confirmados ocorreu em seis municípios da região do Maciço do Baturité, como Aratuba, Pacoti, Mulungu, Capistrano, Redenção e Palmácia.
A Secretaria também apontou que grande parte dos casos confirmados no estado reside ou frequenta áreas rurais. Apesar disso, a febre do Oropouche não é considerada endêmica no Ceará, o que revela a importância de medidas preventivas e de controle para evitar a propagação da doença.