Caixas-pretas do acidente em Vinhedo têm 100% dos dados resgatados e preservados, revela chefe do Cenipa

A aviação brasileira foi abalada por uma tragédia que deixou 62 mortos em Vinhedo, interior de São Paulo, marcando o pior acidente desde 2007. No entanto, a busca por respostas tem avançado, promovendo um novo capítulo na investigação. O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, anunciou que as caixas-pretas do avião foram resgatadas e preservadas com sucesso, mesmo após a queda impactante, explosão e incêndio.

Durante uma coletiva realizada no local do acidente, o brigadeiro afirmou: “Conseguimos nesta manhã 100% de sucesso em obter as informações de voz e dados que correspondem aos momentos que antecederam esse trágico evento”. A recuperação desses dados representa uma etapa inicial da investigação, que agora seguirá para análise detalhada nos laboratórios do Cenipa, em Brasília.

O trabalho em conjunto com equipes internacionais, como o Bureau of Enquiry and Analysis for Civil Aviation Safety (Bea) da França, tem fortalecido a apuração do acidente. Além disso, a colaboração com a empresa fabricante da aeronave e peças também está em andamento, demonstrando o esforço conjunto para esclarecer o ocorrido.

A próxima fase da investigação inclui a análise dos motores da aeronave, visando determinar se estavam em pleno funcionamento no momento do impacto. Os destroços, que foram removidos do local do acidente, serão transportados para São Paulo para essa análise mais detalhada.

A análise das caixas-pretas pretende decifrar os últimos minutos do voo 2283, oferecendo informações cruciais sobre a dinâmica do acidente. Com a resistência das caixas-pretas a temperaturas extremas e forças gravitacionais, a esperança é de que esses dispositivos forneçam dados valiosos para entender o que realmente aconteceu.

Com investigações em andamento tanto pelo Cenipa quanto pela polícia local, o objetivo é esclarecer todos os fatos e contribuir para a segurança da aviação. A busca por respostas continua, e a sociedade aguarda por informações mais detalhadas nos próximos 30 dias.

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