Ainda sem indenização: famílias afetadas pela queda do avião de Eduardo Campos em Santos aguardam justiça após uma década




Queda de avião em Santos: dez anos de dor e impunidade

Queda de avião em Santos: dez anos de dor e impunidade

No dia 13 de agosto de 2014, uma quarta-feira chuvosa em Santos, o impacto de um avião com o então presidenciável Eduardo Campos (PSB) mudou para sempre a vida de diversas famílias. Uma delas é a da professora Claudia Quirino, que relembra os momentos de terror vividos naquele dia.

A tragédia, que ocorreu em uma pequena área verde em Santos, causou a morte de sete pessoas a bordo, incluindo Eduardo Campos, e deixou feridos em terra. Dez anos depois, muitas famílias ainda não receberam indenização pelos estragos causados. A família de Claudia Quirino é uma delas.

Com 47 anos atualmente, a professora descreve a sensação de terremoto, fumaça e destruição que tomaram conta do apartamento em que vivia com sua filha, Sthephany, na ocasião com 9 anos. O irmão de Claudia, Anthony, teve que agir rapidamente para salvar a família da situação caótica em que se encontravam.

Situação atual das famílias afetadas

Atualmente, diversas famílias continuam lutando por justiça e indenização. Maria Cristina Antunes Pereira, vizinha do local da queda, viu sua casa ser destruída e até hoje não recebeu compensação. O professor Benedito Juarez Câmara, cuja academia foi severamente danificada, enfrenta dificuldades financeiras e ainda espera por um desfecho justo no processo.

Processo judicial em andamento

O advogado Joaquim Barboza, que representa diversas famílias afetadas, detalha o processo por danos materiais, morais e estéticos movido contra o PSB e a AF Andrade Empreendimentos, empresa apontada como dona do avião. O caso tramita no Superior Tribunal de Justiça em Brasília desde junho de 2021, e as famílias aguardam por um desfecho que traga justiça e reparação.

A impunidade e a falta de responsabilização das partes envolvidas geram indignação nas vítimas e em seus representantes legais. A AF Andrade, em recuperação judicial, alega não ser mais a proprietária da aeronave no momento da tragédia, o que levanta questões sobre a responsabilidade pelo ocorrido.

Enquanto as famílias continuam lutando por seus direitos, a dor e os traumas causados pela queda do avião em Santos permanecem vivos, mesmo uma década após o terrível acontecimento.


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