Acordo entre governo federal e servidores ambientais encerra greve, mas categoria se mantém insatisfeita e em mobilização contínua



Greve dos Servidores Ambientais: Acordo assinado, mas mobilização continua

Greve dos Servidores Ambientais: Acordo assinado, mas mobilização continua

No dia 12 de julho, o governo federal e os servidores ambientais finalmente chegaram a um acordo após mais de um mês de greve. Durante a reunião, foram apresentadas as cláusulas do termo da negociação, que devem encerrar a paralisação da categoria. No entanto, mesmo com a assinatura do acordo, os servidores se mostraram insatisfeitos e afirmaram que a mobilização continuará.

A greve teve início em 24 de junho e foi ampliada em 1º de julho. Os servidores reivindicavam melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira e reajuste salarial junto ao governo.

Entre as cláusulas negociadas estão a reestruturação de cargos, com mudanças nas tabelas de servidores. O Ministério da Gestão e Inovação propôs um incremento no plano especial de cargos dos servidores ambientais e nível auxiliar, elevando o reajuste previsto para 2025 de 8,5% para 9,5% e 4% em 2026, além da quebra de barreira para progressão dos servidores.

Além disso, o acordo assinado prevê a criação de um grupo de trabalho, com a participação dos ministérios da Gestão e Inovação e do Meio Ambiente, para avaliar o enquadramento das carreiras nos requisitos para receber indenização de fronteira e a criação do adicional de risco.

A Ascema (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente), uma das entidades representativas dos servidores, divulgou uma nota criticando a postura do governo. Segundo a associação, o Ministério de Gestão e Inovação pressionou para que o acordo fosse assinado no mesmo dia, mesmo diante das insatisfações da categoria.

Apesar do acordo assinado, a Ascema afirmou que a mobilização continuará, pois o documento não atende totalmente às demandas da categoria, sendo mais um reajuste do que uma reestruturação da carreira.

A greve deve ser encerrada conforme o acordo, mas a categoria segue mobilizada, com a COP30 prevista para 2025 e um calendário de ações a ser elaborado nos próximos dias.

No início de julho, os servidores realizaram um protesto em frente ao Ministério do Meio Ambiente em Brasília, entregando uma carta à ministra Marina Silva em busca de apoio à mobilização.

A greve mobilizou servidores de diversos estados do país, que reivindicam valorização e melhores condições de trabalho nos órgãos ligados ao meio ambiente desde o final de 2022, durante a transição para o terceiro governo de Lula.

A luta dos servidores visa resgatar a carreira que foi prejudicada durante a gestão anterior e resistir ao desmonte da política ambiental, sendo essencial para garantir a valorização e o reconhecimento do trabalho desses profissionais.

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