Ataque israelense em escola de Gaza deixa 90 mortos, Hamas denuncia “crime horrível” e Israel retoma negociações de trégua




Ataque israelense mata pelo menos 90 pessoas em escola de Gaza

Ataque israelense mata pelo menos 90 pessoas em escola de Gaza

No último sábado (10), a Defesa Civil de Gaza divulgou que um ataque israelense resultou na morte de pelo menos 90 pessoas em uma escola que supostamente servia como centro de comando do Hamas, grupo que governa o território.

Segundo informações do movimento islâmico palestino, esse ataque se tornou um dos mais letais desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro.

O Hamas denunciou o ocorrido como um “crime horrível” e destacou que Israel havia concordado, sob pressão internacional, em retomar negociações para uma trégua no enclave palestino, marcada para 15 de agosto.

A escola al-Tabi’een, localizada no centro de Gaza, abrigava aproximadamente 250 desabrigados, a maioria mulheres e crianças, conforme afirmaram fontes do próprio Hamas.

O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal, estimou o número de mortos entre 90 e 100, além de dezenas de feridos.

Por sua vez, o exército de Israel alegou ter atingido terroristas do Hamas que estavam operando em um centro de comando e controle do grupo, que supostamente estava funcionando na escola, ao lado de uma mesquita.

Gaza descreveu a ação como um “massacre horrível”, relatando que equipes estavam trabalhando para controlar o incêndio, remover os corpos das vítimas e socorrer os feridos.

Em meio a esse cenário de conflito, as tensões no Oriente Médio têm se agravado, especialmente após as mortes de líderes importantes do Hamas e do Hezbollah. Consequentemente, países como Catar, Egito e Estados Unidos têm exigido o retorno às negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns feitos pelo Hamas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sob acusações de prolongar a guerra por interesses políticos, concordou em participar das conversações. No entanto, seu exército lançou uma ofensiva terrestre em Khan Younis, intensificando ainda mais o conflito.

Com base nas estimativas do Escritório Humanitário das Nações Unidas, cerca de 60 mil palestinos teriam se deslocado para oeste de Khan Yunis nas últimas 72 horas, demonstrando a urgência de se encontrar uma solução pacífica para a região.


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