MP desmantela rede criminosa em hotéis e estabelecimentos do centro de SP, ligados ao PCC, que exploravam tráfico e prostituição.

O Ministério Público de São Paulo identificou uma série de estabelecimentos localizados em áreas próximas à conhecida “cracolândia”, no centro da cidade. De acordo com as investigações, esses locais são utilizados para práticas criminosas, como tráfico de drogas, exploração sexual e outras atividades ilegais.

Entre os estabelecimentos listados estão estacionamentos, hotéis, hospedarias, cortiços, pensões, hostels e centros de reciclagem. A maioria desses locais não possui regularidade fiscal e fatura milhões de reais, segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

Um dos principais articuladores dessas atividades ilegais seria Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Léo do Moinho”, apontado como o porta-voz do PCC na Favela do Moinho. Moja, que é o verdadeiro proprietário de diversos hotéis e estabelecimentos comerciais, foi preso em uma operação realizada pelo Gaeco.

Os hotéis controlados pelo PCC também seriam usados como prostíbulos, de acordo com os promotores. A presença de mulheres viciadas submetidas a situações degradantes, aliada ao consumo indiscriminado de drogas e à exploração sexual, revelam um cenário de violação sistemática dos direitos humanos.

Essas práticas criminosas ocorrem não apenas na região da “cracolândia”, mas também em outros bairros da cidade, como Barra Funda, Limão, Liberdade e Guarulhos, na região metropolitana. A utilização de imóveis para atividades ilegais contribui para o fortalecimento do ecossistema criminoso na região.

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