Ministro do STF exige explicação de Bolsonaro e Valdemar por presença conjunta em evento político do prefeito de São Paulo

Na última quinta-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdermar da Costa Neto, prestem esclarecimentos sobre a presença simultânea na convenção partidária que oficializou a candidatura do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, à reeleição. A medida foi tomada no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma possível trama para um golpe de Estado em 2022.

Segundo Moraes, informações divulgadas pela imprensa apontam que Valdermar e Bolsonaro estiveram juntos no evento, violando a determinação de não se comunicarem. Diante disso, foi concedido um prazo de 48 horas para que ambos expliquem se houve descumprimento da ordem judicial. A decisão do ministro foi fundamentada na suspeita de participação direta dos dois no caso em análise, que corre em sigilo no STF.

Tanto Valdermar quanto Bolsonaro tentaram reverter a proibição, alegando a necessidade de discutir questões relacionadas às eleições municipais de outubro. A defesa do ex-presidente ainda argumentou que ele é o principal cabo eleitoral do PL. No entanto, Alexandre de Moraes negou o pedido, mantendo a determinação inicial.

A Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro deste ano, tem como objetivo investigar a existência de uma organização criminosa dentro do governo Bolsonaro, que teria como intuito mantê-lo no poder e impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O caso está em andamento no Supremo Tribunal Federal e tem levantado polêmica no cenário político nacional.

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