A iniciativa foi destacada como fundamental, principalmente devido às questões culturais que dificultam a locomoção dos yanomamis, como a alimentação e rituais específicos. Além disso, a infraestrutura de telessaúde permitirá ampliar a oferta de especialidades, que tipicamente são impactadas pela escassez de médicos dispostos a trabalhar em áreas de difícil acesso.
O investimento na infraestrutura digital representa um avanço na captação e consolidação de dados sobre saúde, como vacinação, tratamentos realizados e óbitos na comunidade yanomami. Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é garantir uma maior geração de informações sobre esse povo indígena.
Em termos de números, o Comitê de Operações Emergenciais Yanomami informou que no primeiro trimestre deste ano foram registrados 74 óbitos no território, representando uma redução de 33% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 111 mortes. Os principais agravos que apresentaram queda foram os óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves.
Com uma terra indígena extensa de 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e uma população de cerca de 30 mil indígenas, o povo yanomami é uma das maiores comunidades indígenas do Brasil. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde tem investido para combater os impactos causados pelo garimpo ilegal na região.