Ministro prevê intensificação da seca na Amazônia e chuvas extremas no Rio Grande do Sul em reunião da Comissão Especial da Câmara dos Deputados




Ministro Waldez Góes fala sobre prevenção a desastres e calamidades naturais em reunião da Comissão Especial

07/08/2024 – 17:18

Mario Agra / Câmara dos Deputados

O ministro Waldez Góes falou à Comissão Especial sobre Prevenção a Desastres e Calamidades Naturais

Em uma reunião realizada em Salvador (BA) pela comissão da Câmara dos Deputados que trata sobre prevenção e auxílio a desastres e calamidades naturais, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, trouxe importantes informações. Ele alertou que a seca na Amazônia deverá ser mais intensa neste ano e que o Rio Grande do Sul enfrentará chuvas intensas e secas extremas nos próximos anos.

Diante desses desafios climáticos, o ministro anunciou o lançamento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil ainda neste ano, abrangendo medidas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e reconstrução. Góes ressaltou a importância dessas ações para lidar com os impactos dos desastres naturais.

O governo também informou que dará início aos testes em 11 cidades com o novo sistema de alerta de desastres naturais, utilizando a rede de telefonia celular para emitir notificações sonoras que interromperão qualquer conteúdo em uso na tela do usuário.

Waldez Góes destacou que, somente nos sete primeiros meses de 2024, foram emitidos 2.671 decretos de calamidade ou situação de emergência, um expressivo aumento em relação ao ano anterior. Ele enfatizou a necessidade de preparação e atuação rápida diante dessas situações.

Bahia
O foco da reunião foi a situação da seca na Bahia. O deputado Leo Prates (PDT-BA) alertou para a intensidade da seca no estado, que persiste e provoca graves impactos no abastecimento de água e na produção agropecuária.

Prates ressaltou que a seca é uma das calamidades mais perigosas para a população, mencionando os efeitos devastadores vivenciados no ano passado na Amazônia. Ele destacou a falta de atendimento médico e de mercadorias, causando grande sofrimento às pessoas afetadas.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, a seca na Bahia em 2023 foi a pior desde 1980, agravada pelo fenômeno El Niño. Em contraste, o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sósthenes Almeida, relatou que a capital baiana teve um volume de chuvas em abril equivalente ao de três meses juntos.

O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Alexandre Motta, afirmou que a entidade está auxiliando os municípios menores a se prepararem para situações de emergência, destacando que cada investimento em prevenção pode resultar em economia nos gastos com socorro emergencial.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes


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