O objetivo principal da ação é desmantelar redes de narcotráfico que atuam na região, que acabou se tornando um território de disputa envolvendo especulação imobiliária. Os imóveis onde forem identificadas atividades criminosas perderão a licença de funcionamento e serão lacrados, conforme divulgado por nota do governo.
A Cracolândia é alvo de atenção especial nessa operação, que prevê também a entrada da polícia em locais onde vivem famílias. O Hotel Tupy e um prédio residencial na Rua Gusmão, na Santa Ifigênia, estão entre os locais mostrados em fotos divulgadas pelo movimento social Craco Resiste.
Além disso, as famílias que vivem na região serão submetidas a uma triagem e encaminhadas para unidades de saúde, abrigos e outros locais de acolhimento. Essa medida levanta preocupações entre os coletivos que defendem os direitos dos usuários de drogas, devido à possibilidade de ocorrerem internações compulsórias, semelhantes ao que acontece em outras cidades como Florianópolis.
Mais de mil agentes das polícias civil e militar, além de rodoviários federais, promotores públicos e representantes das subprefeituras e do Ministério do Trabalho e Emprego estão envolvidos na operação. O governo também mobilizou equipes para oferecer serviços como emissão de documentos, distribuição de alimentos e kits de higiene, organizados pelas secretarias estaduais de Desenvolvimento Social e de Saúde.
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