Durante seu discurso, Lula ressaltou a importância da integração real entre os países, especialmente em questões relacionadas às mudanças climáticas e ao turismo. Ele destacou a cooperação já existente entre as nações sul-americanas e a necessidade de intensificar essas parcerias para enfrentar desafios como catástrofes naturais e o crime organizado.
Boric, por sua vez, enfatizou a relevância dos acordos firmados para ampliar o fluxo comercial e turístico entre o Brasil e o Chile, além de fortalecer a cooperação no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Durante o encontro, foi assinado um tratado sobre extradição, demonstrando a preocupação mútua com a segurança e a justiça.
O comércio entre o Brasil e o Chile é equilibrado, porém pouco diversificado, com um intercâmbio comercial que atinge US$ 12,3 bilhões por ano. Os dois países possuem acordos em setores como cobre, pescados e minérios, refletindo a complementaridade de suas economias. A expectativa é que a diversificação das parcerias comerciais permita um aumento das exportações, especialmente de automóveis.
Além disso, o Brasil é o maior investidor latino-americano no Chile, com um investimento de mais de US$ 4,5 bilhões em diversos setores. As empresas chilenas também têm presença significativa no Brasil, atuando em áreas como celulose, varejo e energia. Essa relação de investimento mútuo evidencia a confiança recíproca e a colaboração econômica entre os dois países.
A visita de Lula ao Chile acontece em um momento de fortalecimento da integração na América do Sul, com Brasil e Chile trabalhando juntos em projetos como o Corredor Bioceânico. Ambos os países têm posições alinhadas em temas globais como democracia, meio ambiente e direitos humanos, reforçando seu compromisso com a estabilidade regional e o desenvolvimento sustentável.