Boxeadora argelina pede fim dos ataques a atletas com mesma condição biológica em meio a polêmica de gênero no esporte





Atleta argelina apela pelo fim dos ataques a atletas com mesma condição biológica

Imane Khelif, boxeadora argelina, tem sido alvo de ataques após a desistência da italiana Angela Carini em lutar contra ela no Mundial de Boxe de 2023. A argelina foi desqualificada do campeonato devido a “níveis elevados de testosterona que não atendiam aos critérios de elegibilidade” segundo o Comitê Olímpico Internacional.

Em uma entrevista à Associated Press neste domingo (4), Khelif apelou pelo fim dos ataques e pela defesa dos princípios olímpicos. Ela afirmou que os ataques baseados em conceitos errados sobre seu gênero prejudicam a dignidade humana e podem ter efeitos devastadores nas pessoas.

Nascida em Tiaret, Argélia, em 1999, Khelif competiu desde 2018, vencendo os campeonatos Africano e Mediterrâneo em 2022. Na atual edição do Mundial de Boxe, ela garantiu ao menos uma medalha de bronze ao vencer a boxeadora húngara Luca Hamori.

A polêmica em torno de Khelif não é única, pois a taiwanesa Yu Ting Lin também foi desqualificada no Mundial de 2023 por questões de gênero. Ambas as atletas competiram nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Apesar das críticas e dos ataques, Khelif continua focada em sua carreira esportiva e espera que a discussão sobre gênero no esporte evolua de forma respeitosa e justa para todos os atletas.


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