Desempenho da seleção brasileira de boxe nas Olimpíadas

Após uma campanha aquém das expectativas, a seleção permanente de boxe encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos neste domingo (4) com apenas uma medalha de bronze conquistada por Jucielen Romeu na categoria até 57 kg. O técnico da equipe, Mateus Alves, classificou a performance como “ruim”, em uma autocrítica inédita vinda da delegação brasileira em Paris.

O boxe brasileiro foi desafiado a alcançar a alta barra estabelecida há três anos em Tóquio-2020, onde a equipe conquistou três pódios, incluindo ouro, prata e bronze. No entanto, desta vez, a expectativa não foi atendida e o resultado apenas com uma medalha de bronze deixou Alves insatisfeito.

Alves admitiu que o desempenho da equipe não correspondeu às expectativas: “Não estou reclamando de ganhar uma medalha de bronze, mas o boxe veio com uma expectativa maior do que isso”. Ele ainda expressou sua insatisfação com a atuação do time masculino, que obteve apenas 2 vitórias em 7 combates em Paris.

O técnico afirmou que irá discutir sua permanência no cargo com a Confederação Brasileira de Boxe após 15 anos no comando da seleção. A presença de uma equipe coesa e de apoio mútuo foi destacada como fundamental, especialmente nos momentos de derrota.

Para Alves, a tensão vivida pela equipe nas Olimpíadas de Paris foi algo novo, e ele ressaltou a falta de exposição do boxe em comparação com outros esportes mais populares. Contudo, a atleta Bia Ferreira foi elogiada por sua performance, apesar da derrota na semifinal da categoria até 60 kg.

Em relação ao futuro do boxe brasileiro, Alves mencionou a necessidade de avaliar o prosseguimento do trabalho visando os Jogos de 2028 e analisar as mudanças no ambiente de competição que impactaram a equipe. A atleta Jucielen Romeu enfatizou a importância do trabalho em equipe e do apoio mútuo para o sucesso.

Apesar das dificuldades encontradas, a seleção brasileira de boxe demonstrou garra e determinação nas Olimpíadas de Paris, deixando lições importantes para o futuro da modalidade no país.