Protestos em Israel pressionam por acordo e acusam Netanyahu de bloquear negociações em Gaza






Protestos em Israel

Protestos em Israel

Paralelamente, protestos ocorrem neste sábado em cidades como Tel Aviv, Jerusalém, Haifa. Os manifestantes pressionam por um acordo para libertar os reféns e acusam Netanyahu de bloquear um acordo em Gaza.

Milhares de israelenses marcharam em frente à residência do primeiro-ministro em Jerusalém. “Chegou a hora de um acordo e chegou a hora de eleições [antecipadas]”, gritou o ex-diplomata Eran Etzion à multidão, informou o Times of Israel. Segundo ele, o acordo está em cima da mesa e Netanyahu, que o bloquearia “por razões políticas, pessoais e criminais”.

Netanyahu voltou ao poder no final de 2022, em uma coligação com parceiros ultra-religiosos e extremistas de direita que são estritamente contra concessões ao Hamas. A oposição acusa Netanyahu de se apegar aos seus parceiros de coligação para não perder novas eleições o que, se ocorresse, aceleraria o processo de casos de corrupção nos quais o primeiro-ministro estaria implicado.

A guerra na Faixa de Gaza já dura quase dez meses. Foi desencadeada pelo grande ataque sem precedentes a Israel perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro que, segundo dados israelenses, deixou cerca de 1.200 pessoas mortas. Em resposta, Israel empreendeu ações militares massivas na Faixa de Gaza, que, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, já deixaram 39,5 mil mortos. Além de Israel, o Hamas também é classificado como organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, entre outros.

le (Lusa, ARD, ots)

Os protestos em Israel ganharam força neste sábado, com manifestações ocorrendo em diversas cidades do país, como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. Os manifestantes estão pressionando o governo por um acordo que resulte na libertação dos reféns e têm como alvo principal o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a quem acusam de bloquear as negociações em Gaza.

Uma grande marcha foi realizada em frente à residência de Netanyahu em Jerusalém, onde o ex-diplomata Eran Etzion clamou por um acordo imediato e eleições antecipadas. Segundo Etzion, o acordo está disponível, mas Netanyahu estaria bloqueando por motivos políticos, pessoais e até criminais.

Netanyahu, que voltou ao poder em 2022 em uma coalizão com partidos ultra-religiosos e de extrema direita contrários a concessões ao Hamas, é acusado pela oposição de se segurar no poder para evitar novas eleições, que poderiam acelerar processos de corrupção dos quais é acusado.

A guerra na Faixa de Gaza, que já se arrasta por quase dez meses, teve início após um ataque do Hamas a Israel, resultando em centenas de mortes de ambos os lados. As ações militares de Israel na região já causaram milhares de mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Os EUA, a União Europeia e outros países classificam o Hamas como organização terrorista, reforçando a complexidade do conflito na região do Oriente Médio.


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