Diretor da OMS pondera convocar comitê de emergência para avaliar surto de mpox na África devido a variante mais mortal.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, levantou preocupações sobre a propagação de uma variante mais letal da mpox na África. Em comunicado feito no último domingo (4), Tedros afirmou que está considerando convocar o comitê de emergência da entidade para avaliar a gravidade do surto.

O surto de mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, tem afetado vários países africanos, levando a OMS, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, governos locais e parceiros a intensificarem as medidas para conter a disseminação da doença. A possibilidade de declarar emergência em saúde pública de interesse internacional está em discussão.

No final de junho, a OMS emitiu um alerta sobre uma nova variante perigosa da mpox, identificada na República Democrática do Congo. A doença tem mostrado uma alta taxa de letalidade, especialmente entre crianças pequenas. Dados da entidade indicam que o número de casos confirmados chega a quase 100 mil, espalhados por 117 países, com mais de 200 mortes.

A líder técnica da OMS, Rosamund Lewis, ressaltou a rapidez com que a doença se espalhou, considerando que apenas alguns milhares de casos haviam sido registrados anteriormente. Um surto específico na República Democrática do Congo desde setembro de 2023 revelou mutações antes desconhecidas, indicando uma transmissão exclusivamente de humano para humano.

A mpox é uma doença viral transmitida de animais para humanos e entre humanos. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dor no corpo e fraqueza. O período de incubação pode variar de 3 a 21 dias, e a transmissão cessa após as crostas na pele desaparecerem.

A OMS havia declarado emergência em saúde pública devido à mpox em 2022, mas em maio de 2023 retirou o status, alertando para a necessidade contínua de uma resposta eficaz contra a doença. Tedros Adhanom destacou os riscos da mpox, especialmente para pessoas com HIV não tratado, e reforçou a importância de manter a capacidade de teste e de responder prontamente a novos casos.

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