A proposta da Articulação Nacional é unir diferentes setores da sociedade em prol do fim da violência de gênero, adotando diversas estratégias, como a assinatura de um manifesto, realização de eventos e palestras, divulgação de materiais gráficos e audiovisuais, entre outras ações que serão lançadas oficialmente na próxima quarta-feira (7).
Durante um café da manhã com jornalistas mulheres, a ministra enfatizou a importância de mobilizar a sociedade para que, até o final de 2026, a violência contra as mulheres seja reconhecida como crime e gere indignação. Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking dos países que mais registram feminicídios, com uma mulher sendo vítima a cada seis horas.
Além de reforçar os canais de atendimento telefônico de apoio às mulheres, como o Ligue 180 e o Disque Direitos Humanos, a Articulação Nacional também pretende envolver entidades empresariais, movimentos sociais, igrejas, instituições esportivas e culturais no combate à violência de gênero.
Uma das estratégias é a aproximação com lideranças evangélicas, visando sensibilizar e engajar essa parcela da sociedade na luta contra o feminicídio. Também está prevista a participação de clubes de futebol, com a adesão de equipes como Corinthians, Flamengo, Vasco e Bahia, que se comprometeram a integrar a mobilização de forma permanente.
Diante do contingenciamento no orçamento da pasta, realizado pelo governo federal, a ministra Cida Gonçalves reforçou a necessidade de mais recursos para implementar políticas públicas eficazes. Apesar do corte na área administrativa, a prioridade é manter os investimentos nas ações em prol das mulheres.
Ao finalizar seu pronunciamento, a ministra ressaltou a importância da ampliação das secretarias municipais e estaduais voltadas para as mulheres, como forma de fortalecer as políticas de gênero em todo o país. A meta do governo é contar com pelo menos 2 mil dessas secretarias, garantindo uma atuação mais efetiva e abrangente na promoção da igualdade e no combate à violência contra as mulheres.
-
-
-
-
