Dissidentes russos libertados expressam raiva e decepção após serem deportados do país contra a vontade em troca de prisioneiros.



Libertação de dissidentes russos gera controvérsia

Libertação de dissidentes russos gera controvérsia


Na última sexta-feira, alguns dos dissidentes russos libertados se manifestaram após serem deportados do país contra a sua vontade. Entre eles estava Ilya Yashin, um ativista da oposição, que demonstrou raiva e reservas com a situação.

Outro caso que chamou a atenção foi o de Bialiatski, de 61 anos, que cumpre uma sentença de dez anos por financiar protestos contra o governo. O julgamento foi classificado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como uma “farsa”. Surpreendentemente, Bialiatski recebeu um prêmio Nobel em 2022, um ano após sua prisão.

Alena Masliukova, membro da Viasna – organização de direitos humanos fundada por Bialiatski – expressou frustração com a situação: “Quando ouvimos que um acordo era iminente, tínhamos esperança de que os prisioneiros políticos de Belarus fizessem parte disso. Primeiramente, o aprisionado vencedor do Prêmio Nobel da Paz”. Masliukova, atualmente vivendo no exílio em Vilnius, capital da Lituânia, afirmou que a situação foi uma completa desilusão.

A troca de prisioneiros também incluiu o cidadão alemão Rico Krieger, sentenciado à morte em Belarus sob acusação de terrorismo, devido à proximidade do país com o regime russo. Segundo a Viasna, cerca de 1.390 pessoas são consideradas presas políticas no país, muitas delas por conta dos protestos de quatro anos atrás.

Sair da versão mobile