Isolamento diplomático da Venezuela aumenta

A Venezuela suspendeu temporariamente todos os voos comerciais entre seu território e o Panamá, a República Dominicana e o Peru. Essa medida acontece após o regime de Nicolás Maduro romper relações diplomáticas com esses países devido à não reconhecimento de sua vitória nas eleições presidenciais. Outros países também viram seu pessoal diplomático ser expulso de Caracas, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica e Uruguai. O Brasil assumiu a custódia de algumas legações diplomáticas em Caracas.

A Latam Airlines anunciou a interrupção dos voos entre Lima e Caracas, pedindo desculpas aos clientes afetados. Já o regime de Maduro justificou o fim dos voos com Panamá e República Dominicana alegando interferência nos assuntos internos venezuelanos.

O Panamá retaliou proibindo voos entre os dois países, afetando empresas como a Copa Airlines e a Zona Livre de Colón, a maior zona franca da América Latina. O presidente panamenho, José Raul Mulino, afirmou que princípios não são vendidos e que a situação na Venezuela é inaceitável.

O isolamento diplomático da Venezuela vem aumentando, com seis países já reconhecendo a vitória do opositor Edmundo Gonzélez nas eleições presidenciais. A oposição afirma ter acesso às atas eleitorais que mostram González como vencedor, mas a Venezuela ainda não apresentou esses documentos, apesar da pressão de outros países.