Tribunal de Justiça de SP ouve testemunhas de defesa em audiência do caso Massacre de Paraisópolis nesta sexta-feira

Na manhã desta sexta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo deu continuidade às audiências de instrução do caso conhecido como Massacre de Paraisópolis, no qual 12 policiais militares são acusados da morte de nove jovens durante uma operação policial em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, ocorrido em 1 de dezembro de 2019.

Durante a audiência, foram ouvidas duas testemunhas de defesa dos policiais envolvidos no caso. Ao todo, 13 policiais estariam sendo julgados, mas o processo de um deles foi suspenso. Os policiais respondem por homicídio qualificado e lesão corporal com dolo eventual.

Essa fase do processo é crucial, pois irá decidir se os policiais serão levados a júri popular. No total, 22 testemunhas foram arroladas pela defesa dos policiais, sendo que cinco delas já haviam sido ouvidas em audiências anteriores.

As testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas em três audiências de instrução anteriores, realizadas em julho e dezembro do ano passado, além de uma terceira audiência em maio deste ano. Após essa fase, está prevista a etapa de interrogatório dos réus.

O episódio do Massacre de Paraisópolis chocou o Brasil, uma vez que nove jovens, com idades entre 14 e 23 anos, perderam suas vidas de forma trágica durante a operação policial. As famílias das vítimas contestam a versão apresentada pela Polícia Militar de que os jovens teriam sido pisoteados durante o tumulto gerado pelo baile funk.

A PM alegou na época que os agentes reagiram a um ataque de criminosos, que teriam disparado contra as viaturas e corrido em direção ao local do baile. No entanto, as circunstâncias que levaram à morte dos jovens ainda são objeto de investigação e debate nos tribunais.

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