Protestos na Venezuela resultam na morte de pelo menos 13 pessoas em meio a suspeitas de irregularidades eleitorais e onda de violência.




Protestos na Venezuela deixam ao menos 13 mortos

Pelo menos 13 pessoas morreram em decorrência de protestos, segundo dados da ENH (Pesquisa Nacional de Hospitais). Onze deles são civis, e um é um militar identificado pelas letras J.E.G, segundo a procuradoria-geral da Venezuela. A causa de morte do militar não foi informada.

A suspeita de irregularidades nas eleições provocou uma onda de violência generalizada no país. Vídeos publicados nas redes sociais logo após o anúncio da suposta vitória mostram críticos ao regime entrando em confronto com a Guarda Nacional Bolivariana e paramilitares pró-Maduro, além da derrubada de estátuas que homenageiam o “chavismo”, que já completa 25 anos no poder.

Na madrugada de segunda (29), o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), controlado pelo chavismo, proclamou a vitória de Maduro com apenas 80% das urnas apuradas. Segundo o órgão, Maduro recebeu 51,2% dos votos e o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, 44,2%.

EUA reconheceram a vitória da oposição em comunicado assinado pelo secretário de Estado Antony Blinken. “Dada a evidência esmagadora, é claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos na eleição presidencial de 28 de julho na Venezuela.”

Brasil pede a divulgação de atas eleitorais. O assessor para Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, afirmou nesta quinta-feira (1º) que o Brasil está decepcionado com a demora para a divulgação das atas da eleição presidencial na Venezuela. “Em qualquer país, o ônus da prova está em quem acusa. Mas, no caso da Venezuela, o ônus da prova está em quem é acusado, em quem é objeto de suspeição. Em função de tudo o que já aconteceu, de todo o quadro político, há uma expectativa de que a Venezuela e o governo venezuelano possam provar a votação que ele alega ter tido”.


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