Proposta de combate ao feminicídio nos estádios desperta interesse de clubes e empresas, revela ministra das Mulheres.




Ministra propõe ações contra feminicídio em estádios de futebol

Ministra levou a proposta para clubes de futebol e empresas privadas. Gonçalves afirmou, em conversa com jornalistas, que já discutiu o tema com Flamengo e Corinthians e está em diálogo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Além disso, a proposta de adesão à mobilização também foi levada para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e outras empresas.

Faixas nos estádios e uso de braçadeiras. Entre as propostas discutidas entre o ministério e os clubes, é que sejam exibidos, antes dos jogos, materiais com frases contra o feminicídio e que as inscrições estejam estampadas nas braçadeiras ou camisetas dos jogadores.

Nós precisamos investir enquanto governo, sabemos da nossa responsabilidade, vamos continuar fazendo isso mesmo com o contingenciamento, mas só o governo, a política pública, hoje, nós não vamos dar conta de enfrentar a violência contra as mulheres. Ou nós mobilizamos a sociedade para criar uma nova cultura, outros espaços, outras formas de mobilização, ou nós não vamos conseguir.
Cida Gonçalves, ministra das Mulheres

Brasil bate recorde em feminicídio. Em 2023, o país teve 1.463 vítimas e registrou uma morte a cada seis horas no ano passado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É o maior número de feminicídios desde que o crime foi tipificado, há nove anos.

Ministra criticou fala de Lula

Gonçalves afirmou que vai conversar com o presidente Lula sobre o comentário que ele fez em relação à violência contra a mulher. O chefe do Executivo fez um comentário machista ao comentar uma pesquisa que aponta o crescimento da agressão contra as mulheres após jogos de futebol. “Se o cara é corintiano, tudo bem”, disse o petista, que é torcedor do clube.


Nesta sexta-feira, a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reuniu-se com representantes de clubes de futebol e empresas privadas para discutir propostas de combate ao feminicídio em estádios esportivos. Em uma entrevista coletiva, Gonçalves revelou que já teve conversas produtivas com Flamengo e Corinthians, além de estar em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A proposta também foi apresentada à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e outras empresas interessadas em aderir à mobilização.

Entre as medidas discutidas, está a exibição de faixas com mensagens contra o feminicídio antes dos jogos e o uso de braçadeiras ou camisetas com inscrições sobre o tema pelos jogadores. A ministra enfatizou a importância do envolvimento da sociedade na luta contra a violência às mulheres, citando o recorde alarmante de 1.463 vítimas de feminicídio no Brasil em 2023, com uma morte a cada seis horas.

Além disso, Gonçalves criticou as declarações recentes do ex-presidente Lula, que fez um comentário machista ao minimizar a violência contra as mulheres após partidas de futebol. A ministra afirmou que pretende conversar com Lula sobre o assunto, ressaltando a necessidade de um compromisso conjunto para mudar a cultura de tolerância à violência de gênero.

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