Beatriz Souza: A quebra de paradigmas no judô

No início da tarde desta sexta-feira (2), o Brasil vibrou com a conquista do primeiro ouro nas Olimpíadas 2024. E a imagem que marcou esse momento foi a da judoca Beatriz Souza recebendo sua medalha de ouro na categoria feminina de peso-pesado, mulheres com mais de 78 kg. Uma cena emblemática que desafiou os padrões estéticos tradicionais do esporte.

O pódio, composto por mulheres gordas, gerou reflexões sobre a representatividade no esporte de alto rendimento. Beatriz, ao lado de atletas como a israelense Raz Hershko e a francesa Romane Dicko, quebraram as barreiras do esperado, mostrando que corpos diversos também são dignos da glória olímpica.

É interessante notar como, no caso dos homens, atletas peso-pesado são celebrados, como o judoca francês Teddy Riner. Enquanto para as mulheres, o estigma da gordofobia ainda persiste, questionando a legitimidade de suas conquistas.

Beatriz Souza, com um histórico de vitórias e distinções, desafia os padrões de beleza impostos pela sociedade. Sua trajetória no judô mostra que um corpo atlético pode ser representado de diversas formas, e que a excelência esportiva não está vinculada a um único tipo físico.

O judô de pesos-pesados evidencia que a diversidade de corpos também tem espaço no esporte de alto nível. Beatriz, com seus 115 kg, se consagrou como uma das melhores do mundo em sua categoria, abrindo caminho para que mais mulheres negras ocupem seu lugar de destaque nas competições esportivas.

Como afirmou a judoca em entrevista após a vitória, “mulheres, negras e negros de todo o mundo, é possível”. Beatriz Souza não apenas conquistou uma medalha de ouro, ela também quebrou paradigmas e inspirou uma geração a enxergar a diversidade como algo positivo e necessário no esporte.

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