Eleições contestadas na Venezuela: Maduro proclamado presidente em meio a protestos e violência, OEA convoca reunião para discutir transparência.

Quase 100 feridos em incidentes na Venezuela

Nas recentes manifestações na Venezuela, 93 pessoas ficaram feridas, sendo que 38 delas foram atingidas por tiros, de acordo com a ENH (Pesquisa Nacional de Hospitais). Outros indivíduos foram feridos por armas de repressão e algumas ocorrências não tiveram a causa do ferimento divulgada.

Entre os feridos, está uma criança de apenas oito anos. O menino deu entrada em um hospital de Caracas com um leve traumatismo craniano, enquanto outro menino, de 12 anos, foi atingido na axila por um disparo de arma de fogo, conforme informações da ENH.

Disputa eleitoral conturbada

Nas últimas eleições na Venezuela, o atual presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor na segunda-feira (29), mesmo sem a divulgação das atas do pleito. O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, dominado pelos chavistas, declarou que Maduro obteve 51,2% dos votos. No entanto, a oposição contesta o resultado e a OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou que o processo eleitoral não foi transparente.

Maduro, por sua vez, afirmou que o resultado das eleições é “irreversível”. Ele declarou: “Assumo o mandato do povo para ser presidente e conduzir nosso país à paz, prosperidade e unidade nacional através do diálogo. Este resultado é irreversível para a paz, a igualdade e a independência nacional. A paz e a união entre todos devem ser irreversíveis”.

Uma reunião da OEA para discutir a falta de transparência nas eleições venezuelanas está marcada para quarta-feira (31). O encontro foi solicitado em nota conjunta por Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

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