Chanceler brasileiro assina acordo com a China para resolver crise na Ucrânia e critica demora nas eleições na Venezuela.







Artigo Jornalístico

No final de maio, o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, realizou uma viagem à China onde assinou um importante documento juntamente com o chanceler chinês, Wang Yi. O acordo intitulado “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China sobre uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia” traz consigo seis pontos cruciais que visam contribuir para a resolução do conflito na região e demonstra o apoio mútuo dos dois países à realização de uma conferência internacional de paz em um momento oportuno.

Venezuela

Em entrevista, Celso Amorim expressou sua decepção com a demora do Comitê Nacional Eleitoral da Venezuela em divulgar os resultados das eleições. O ex-chanceler também defendeu a credibilidade do Centro Carter, uma organização sem fins lucrativos que monitora processos eleitorais ao redor do mundo, afirmando que não acredita em manipulação. Ele ressaltou que o contexto político atual do país vizinho agrava a situação, colocando a responsabilidade de comprovar a legitimidade dos votos sobre as autoridades venezuelanas.

Amorim destacou a importância das atas eleitorais para dissipar quaisquer dúvidas em relação à contagem dos votos. Ele mencionou ter questionado o presidente Nicolás Maduro sobre o assunto, e que este prometeu a apresentação dos documentos em questão em breve, para esclarecer a situação.

Guerra no Oriente Médio

O ex-ministro também comentou sobre o assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, por Israel em Teerã, classificando o ato como um “excesso que pode ter consequências graves”. Amorim ressaltou que mesmo com a recente eleição de um presidente mais moderado no Irã, a escalada de tensão na região permanece uma possibilidade real, podendo trazer instabilidade para o Oriente Médio.


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