Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Cianose para investigar desvios em contratos de ventiladores pulmonares no Consórcio Nordeste




Operação Cianose: Polícia Federal realiza segunda fase de investigação

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º) a segunda fase da Operação Cianose, para investigar suspeitas de desvios em contratos de entrega de ventiladores pulmonares ao Consórcio Nordeste durante a pandemia da Covid-19.

Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, além de medidas judiciais de sequestro de bens nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com a polícia, a operação tem como objetivo recuperar recursos desviados na aquisição dos equipamentos, que envolvem crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa.

Os 300 ventiladores pulmonares foram adquiridos em abril de 2020, sob a gestão do então presidente do Consórcio e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, que era governador da Bahia na época. O ministro não foi alvo da operação desta quinta-feira.

O pagamento antecipado de cerca de R$ 49 milhões acabou não resultando na entrega dos equipamentos, levando Rui Costa a afirmar que foi vítima de pessoas desonestas. “Nós fomos roubados em um momento de desespero para conseguir respiradores”, declarou o ministro em entrevista à imprensa.

A primeira fase da Operação Cianose foi realizada em abril de 2022, quando a Controladoria-Geral da União apontou irregularidades na contratação da empresa responsável pela venda dos ventiladores, que tinha como atividade principal a comercialização de medicamentos à base de Cannabis.

Rui Costa reafirmou sua inocência e destacou que as autoridades competentes reconheceram a falta de indícios de sua participação nos desvios de recursos. Ele também mencionou que determinou a abertura de investigações contra os responsáveis pelo desvio dos recursos destinados à compra dos equipamentos.


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