Peça de teatro critica comentários transfóbicos de J.K. Rowling em estreia no Festival de Edimburgo, envolvendo elenco de “Harry Potter”.




Estreia de peça de teatro critica comentários polêmicos de J.K. Rowling

Estreia de peça de teatro critica comentários polêmicos de J.K. Rowling

No dia de hoje, estreia uma peça de teatro que promete trazer à tona discussões importantes sobre os comentários controversos considerados transfóbicos da renomada autora J.K. Rowling, conhecida mundialmente pela série “Harry Potter”. O espetáculo faz parte da programação do prestigiado Festival de Edimburgo, um dos maiores eventos de artes cênicas do mundo.

A peça, intitulada “Terf”, imagina um cenário em que os atores dos filmes de “Harry Potter” confrontam a escritora sobre suas declarações, especialmente aquelas que envolvem a imutabilidade do gênero biológico. A atriz Trelawny Kean, que interpreta Emma Watson, menciona que na trama os personagens fictícios Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint pedem a J.K. Rowling que pare de proferir comentários considerados ofensivos.

“TERF”, termo que dá título à peça e que significa “feminista radical que exclui a comunidade trans” em inglês, procura trazer à luz os direitos das pessoas trans e a falta de nuances sobre o tema nas redes sociais, de acordo com o autor e diretor Joshua Kaplan.

Preocupada com possíveis repercussões, a produção tomou medidas de precaução mudando o título e o local de apresentação da obra. Além disso, a atriz responsável por interpretar a personagem trans permanecerá anônima durante a temporada.

O debate em torno dos direitos das pessoas trans está em evidência na Escócia, onde J.K. Rowling reside. A autora se tornou centro de polêmicas em 2019 ao expressar apoio a determinadas declarações, levando até mesmo os atores principais da franquia “Harry Potter” a se distanciarem dela.

O espetáculo é descrito como “divertido e familiar” pela atriz Trelawny Kean, que destaca a dinâmica entre os atores e a autora durante a peça.

A discussão sobre amar a arte e discordar do artista é fundamental neste contexto, conforme aponta Kaplan. O público pode esperar uma abordagem corajosa e reflexiva sobre esse tema delicado em “Terf”.


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