Governos do Brasil, Colômbia e México pedem resolução institucional para impasse eleitoral na Venezuela e divulgação de dados das eleições.

Os governos do Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta nesta quinta-feira (1º) em relação ao impasse que envolve as eleições na Venezuela. O comunicado pede que a situação seja resolvida através de meios institucionais e reforça a necessidade de divulgação dos dados das eleições realizadas no último domingo por mesa de votação.

O texto destaca a importância do respeito ao princípio da soberania popular e a imparcialidade na verificação dos resultados eleitorais. A divulgação da nota aconteceu após uma conversa telefônica entre os presidentes do Brasil, Colômbia e México.

Além disso, os governos dos três países latino-americanos manifestaram preocupação com o processo de escrutínio dos votos e fizeram um apelo às autoridades eleitorais venezuelanas para que realizem a divulgação pública dos dados desagregados por mesa de votação.

Diante da tensão política e social no país, México, Brasil e Colômbia também pediram cautela a todos os atores políticos e sociais, evitando manifestações e eventos que possam resultar em mais violência. A prioridade é manter a paz social e proteger vidas humanas.

Os líderes dos três países reforçaram o respeito à soberania do povo venezuelano e se colocaram à disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem a população local.

Toda essa movimentação ocorre em meio à controvérsia em torno das eleições na Venezuela, onde a oposição acusa fraudes no processo que resultou na vitória de Nicolás Maduro. Protestos eclodiram no país, deixando mortos, feridos e presos.

A resolução votada no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) não foi endossada por Brasil, Bolívia, Colômbia e outros países, devido a questões de procedimento e independência no processo de verificação dos resultados. O governo mexicano criticou a postura da OEA, alegando falta de isenção e equilíbrio na discussão sobre a situação na Venezuela.

Com votos favoráveis de 17 países, a resolução da OEA não foi aprovada por diferença mínima, gerando divergências e questionamentos sobre a atuação da organização. Este impasse reflete a complexidade da situação político-eleitoral na Venezuela e a necessidade de soluções democráticas e pacíficas para o país.

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