Trump tenta conquistar eleitorado negro em meio a críticas por escolha de vice conservador




Artigo Jornalístico

Em meio a uma movimentada campanha presidencial nos Estados Unidos, Kamala Harris, candidata democrata à vice-presidência, se destaca por sua trajetória. Antes disso, ela já havia sido a primeira mulher negra sul-asiática americana a ocupar o cargo de procuradora-geral da Califórnia. Esse fator, segundo o especialista ouvido pela reportagem, pode se tornar munição contra o adversário republicano.

Esse contraponto de uma procuradora versus um condenado, tem gerado pesadelo entre os republicanos. Para piorar o quadro, Trump poderia ter escolhido para alargar sua base um vice negro, uma mulher, mas ele escolheu um vice que reforça o estereótipo do eleitor. Reforçou sua bolha. No momento que escolheu fazia sentido, pois estava disputando com um perfil similar. Agora, com a Kamala, é diferente. Ele poderia ter escolhido o Tim Scott, por exemplo, primeiro senador negro da Carolina do Sul para tentar mudar esse quadro. Agora é tarde.
Amâncio Nunes de Oliveira, doutor em Ciência Política

Trump tenta dialogar com eleitorado negro

Trump conseguiu melhorar números entre o eleitorado negro, mesmo se mantendo expressivamente atrás nas pesquisas entre o grupo. Apesar da identificação histórica da comunidade com o Partido Democrata, Trump vinha conseguindo avançar na aceitação destes eleitores nos últimos meses, principalmente entre os mais jovens.

Figuras populares declararam voto em Trump desde a última eleição, como Lil Wayne, Amber Rose, Cnadace Owens e Kanye West, ajudando o candidato a melhorar desempenho entre a comunidade.

Trump tenta conseguir votos indo a eventos da comunidade negra. Recentemente, ele esteve no Black Conservative Federation Gala, na Carolina do Sul, na 180 Church, em Michigan, e no South Bronx, em Nova York, para discursar para os eleitores do grupo e anunciar o projeto “Black Americans for Trump” — negros americanos para Trump, na tradução literal.


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