Segurança impede homem trans de usar banheiro e provoca situação transfóbica em evento cultural

‘Violentado com falas transfóbicas’

Luan conta que, mesmo após se apresentar como homem trans e afirmar seu direito de usar o banheiro, o segurança manteve sua posição. Ele alegava, segundo Luan, que estava cumprindo ordens para impedir que “mulheres querendo se passar por homens” utilizassem aquele banheiro.

Ele tentou avançar novamente, mas foi impedido. Luan conta que, após pedir a presença da organização do evento sem sucesso, outro segurança se juntou ao primeiro. Ele optou por usar um banheiro químico localizado do outro lado do evento.

A companheira de Luan encontrou uma funcionária da Secretaria de Cultura e relatou o incidente, mas ela teria afirmado que estavam seguindo ordens “para impedir que pessoas trans usassem os banheiros correspondentes ao seu gênero”. A funcionária sugeriu que a solução seria a instalação de banheiros próximos aos químicos para a população trans, uma resposta que Luan considerou inadequada e ofensiva.

A funcionária da Secretaria disse sentir muito que eu tivesse passado por isso, mas que era uma ordem que eles estavam seguindo. Foi quando entendi de onde havia vindo essa ordem. Nesse momento, me calei, pois já tinha sido extremamente violentado com frases transfóbicas.
Luan Palermo

Ele diz que as pessoas ao redor expressavam indiferença. “Os homens cis ao redor riam da situação, enquanto outras pessoas fingiam não notar o ocorrido”, conta. Um homem, ao sair do banheiro, chegou a oferecer-se como testemunha para o segurança, diz Luan.

Luan Palermo foi vítima de violência verbal e discriminação ao tentar utilizar um banheiro durante um evento, mesmo após se identificar como homem trans e reivindicar seu direito de usar o espaço de acordo com sua identidade de gênero. O segurança presente no local se recusou a permitir que Luan utilizasse o banheiro, alegando que estava seguindo ordens para impedir a entrada de “mulheres querendo se passar por homens”.

Mesmo após tentativas de avançar e solicitar a presença da organização do evento, Luan foi novamente impedido de utilizar o banheiro e precisou recorrer a uma alternativa, optando por um banheiro químico distante do local.

A situação se agravou quando a companheira de Luan relatou o ocorrido a uma funcionária da Secretaria de Cultura, que afirmou que as ordens eram para impedir que pessoas trans utilizassem os banheiros correspondentes ao seu gênero. A funcionária sugeriu a instalação de banheiros específicos para a população trans, uma sugestão considerada inadequada e ofensiva por Luan.

Diante da indiferença das pessoas ao redor e do comportamento discriminatório do segurança, Luan se viu em uma situação de extrema violência verbal e transfóbica. Homens cis ao redor riam da situação e outros fingiam não notar o ocorrido, reforçando a falta de empatia e respeito pela identidade de gênero de Luan.

A experiência vivida por Luan evidencia a necessidade urgente de combater a transfobia e garantir o respeito e a inclusão de pessoas trans em todos os espaços da sociedade. A violência verbal e a discriminação enfrentadas por Luan não podem ser toleradas e demandam ações concretas para promover a igualdade e a justiça para a comunidade trans.

Sair da versão mobile