O ex-ministro José Dirceu fez uma defesa enfática do sistema de votação na Venezuela e do voto impresso, destacando a segurança e inviolabilidade do sistema venezuelano. Dirceu enfatizou que na Venezuela o voto é impresso e depositado em urnas, ressaltando a confiabilidade do processo eleitoral no país. Essa posição vai de encontro à bandeira dos bolsonaristas, que defendem a retomada do voto impresso no Brasil.
Além disso, Dirceu também criticou a mídia brasileira, acusando-a de presumir que o presidente Nicolás Maduro não poderia vencer sem fraude. O ex-ministro do PT ressaltou que parte da mídia brasileira questiona a legitimidade das eleições venezuelanas, sem considerar a possibilidade de que Maduro tenha vencido de forma legítima.
Dirceu destacou que a oposição venezuelana possui setores golpistas que têm interesses alinhados com os Estados Unidos. Segundo ele, esses setores apoiaram sanções e outras medidas que visam prejudicar a Venezuela, demonstrando uma postura antidemocrática e contrária aos interesses do povo venezuelano.
Sobre as acusações de fraude nas eleições venezuelanas, Dirceu ressaltou a importância da conferência das atas e defendeu a postura do Brasil, México e Colômbia, que reconheceram a legitimidade do processo eleitoral no país sul-americano. O ex-ministro enfatizou que é necessário aguardar os resultados oficiais e não apontar fraude sem evidências concretas.
A nota publicada pelo PT em apoio às eleições na Venezuela como “soberanas” e “democráticas” gerou discordâncias dentro do partido. Lideranças internas consideraram o tom da nota como “precipitado” e criticaram a falta de debate sobre o assunto, evidenciando divisões internas em relação à política externa do partido.
-
-
-
-
